Muitas pessoas se sentem infelizes no trabalho. Estimativas apontam que apenas 24% dos brasileiros se sentem realizados com sua vida profissional. Mas, as incertezas e inseguranças na economia e carreira trazem uma dúvida: quando é hora de mudar de emprego?
Uma grande massa de profissionais tem se arrastado todos os dias para sair de casa e trabalhar. Eles se perguntam se chegou a hora de mudar de emprego com uma frequência tão comum quanto a definição sobre o que vão almoçar. É preciso reavaliar urgente seu planejamento de carreira, o emprego atual, perspectivas para você, a empresa e o mercado.
Para ajudar, elaboramos 5 perguntas que ajudarão a compreender o momento e lhe darão informações para responder à pergunta principal. Confira!
1. Seu trabalho anda pesado?
Para alcançar realização profissional é preciso amar o que se faz. Acordar e ter prazer em se dirigir ao trabalho é algo tão básico quanto essencial. Mas, não quer dizer que o sintoma do trabalho pesado signifique a necessidade da mudança.
O fardo pode parecer mais pesado se não estivermos prontos — ou reciclados — para ele. Ficar por anos em uma função pode fazer com que o trabalho caia na rotina.
Precisamos nos reciclar, repensar e inovar. Não podemos deixar que a mesmice tome conta de nós. Se não o fizermos, nossa equipe perceberá e refletirá nossa desmotivação e cansaço. Liderar uma equipe, além de grande responsabilidade, traz consigo a prerrogativa de influenciar pessoas positiva ou negativamente.
Se você perceber que o trabalho tem prejudicado sua saúde, é urgente que se faça uma reavaliação. Sem saúde não existe emprego que valha a pena, por melhor que seja.
Uma das formas de evitar que o trabalho fique pesado é aprender a conciliar vida pessoal com a profissional. O equilíbrio entre as duas esferas ajuda a amenizar as pressões de cada lado, evitando que uma interfira negativamente na outra.
2. Como está seu planejamento de carreira?
Muitas vezes, o problema acontece porque as pessoas não possuem um plano para as suas carreiras. Um dos grandes erros de quem não planeja sua carreira é a ansiedade em pedir demissão quando não está satisfeito, ou mesmo a demora em tomar a decisão da saída.
Porém, antes de pedir demissão, é preciso cautela para identificar os problemas reais, verificar as melhores soluções e fazer uma pesquisa de mercado.
Fazer e seguir um planejamento de mudança de carreira é crucial. Para saber onde quer chegar você primeiro precisa se posicionar. Em que estágio você está? Quais são as suas características comportamentais?
Depois de entender onde está e determinar onde quer chegar, identifique quais habilidades você precisará para se tornar o profissional que almeja ser.
Reavaliando seu planejamento inicial de carreira, quais objetivos ainda falta alcançar? Por que não foram alcançados?
Quais competências você desenvolveu nos últimos anos que podem ser fundamentais para sua carreira no futuro?
3. Você se sente motivado?
A motivação é a força que nos impulsiona para frente. Sem essa força propulsora ficamos estagnados. Se você sente que parou no tempo, reavalie sua motivação. Alguns aspectos de identificação podem ofuscar sua motivação.
Quais perspectivas você tem na função atual? Você planeja direcionar sua carreira para assumir um cargo de liderança em um escalão superior? Seus valores pessoais estão alinhados com os valores da empresa? Suas habilidades estão sendo utilizadas e valorizadas?
Para saber quando é hora de mudar de emprego é preciso conhecer seus pontos fortes, em que aspectos você precisa melhorar, quais são suas aspirações e objetivos e como e quando você pretende alcançá-los.
A prática do autoconhecimento ajuda a se posicionar. Por meio do autoconhecimento você identifica seus limites, quais deles você precisa respeitar e que outros limites você deve ultrapassar.
Vale mencionar que só confiamos em quem conhecemos. O autoconhecimento potencializa sua autoconfiança, aumentando sua motivação. Pessoas que sabem do que são capazes e têm definido seu planejamento de curto, médio e longo prazos, conseguem vencer obstáculos aparentemente intransponíveis.
4. Quais são as perspectivas?
Muito importantes dentro do contexto do planejamento de carreira, as perspectivas determinam os prazos e as etapas a serem vencidas para alcançar os objetivos.
Para essa análise é necessário avaliar qual o feedback que a empresa tem lhe dado. Que tipo de feedback você tem recebido? Positivo, negativo ou nenhum? Se a empresa não lhe dá retorno sobre sua atuação e os níveis de satisfação com seu trabalho, suas perspectivas dentro dessa organização são pequenas.
Falando de outro cenário, quais são as perspectivas da empresa no mercado? Se a organização não tem buscado, incessantemente, por inovação, posicionamento e direção em relação às mudanças do mercado, suas perspectivas se reduzem consideravelmente.
Para direcionar a carreira executiva de forma eficaz é preciso que a empresa ofereça condições e tenha, ela mesma, perspectivas de crescimento e evolução.
Se a empresa não oferecer condições propícias, busque no mercado quais as suas possibilidades de êxito em outras posições, mas não se limite à sua função atual. Para obter sucesso no mercado você precisa apresentar-se melhor que a concorrência, oferecendo diferenciais aos futuros contratantes.
Nesses momentos, é importante atualizar-se sobre o que o mercado vem buscando nos profissionais que pretende contratar. Uma ótima alternativa para conhecer as melhores práticas e técnicas é investir em um Processo de Coaching.
Essa metodologia utiliza das forças e dos pontos de melhoria do profissional para proporcionar sua evolução e ajudar a estabelecer os objetivos. Em paralelo, oferece ferramentas que promovem o crescimento profissional e criam um ciclo virtuoso de autodesenvolvimento.
Se sua realidade na empresa é a de oferecer mais do que está sendo pedido, suas perspectivas são maiores que as da organização. É hora de repensar seu posicionamento e se preparar para alçar novos voos.
Ser um bom líder e ter autoridade são características latentes e potenciais de profissionais de alta performance.
Esses profissionais, ao passarem pelo Processo de Coaching, desenvolvem habilidades comportamentais e de liderança, alcançando capacidade de gerar engajamento da equipe, envolvimento dos membros do time com os objetivos da empresa e comprometimento com o planejamento estratégico da organização.
5. Você tem inteligência emocional?
Há alguns anos o QI — Quociente Intelectual — era considerado o responsável pelo sucesso dos profissionais por estar associado à cognição e assimilação de conteúdo.
Descobriu-se, entretanto, que o Quociente Emocional — QE — é o fator determinante de sucesso entre executivos nas maiores organizações.
A inteligência emocional é o resultado do desenvolvimento de habilidades tais como resiliência, empatia e comunicação com liderança, gerando relacionamentos saudáveis, cooperação intensa e engajamento do time.
Ao desenvolver inteligência emocional, o líder se capacita a comunicar melhor, administrar eventuais conflitos entre os membros do time, gerar maior comprometimento entre os colaboradores e alcançar os resultados desejados.
Executivos de alta performance têm na inteligência emocional a base de sua efetividade, sendo mais assertivos nos treinamentos da equipe, no feedback individual e na comunicação com seus pares e superiores.
Outra grande vantagem é o desenvolvimento do autocontrole. Quando submetidos a altas pressões, nosso autocontrole é colocado à prova, e, se não passar no teste, toda nossa carreira poderá estar comprometida.
No caso da organização, executivos com problemas de autocontrole provocam mais problemas do que trazem soluções. Não importa, portanto, o quanto alguém é talentoso e dotado de grandes habilidades técnicas, se não desenvolver essa habilidade fundamental.
Um líder sem autocontrole, além de falhar na gestão da equipe, não consegue melhorar o desempenho do time, pois ninguém sente empatia por ele, e os relacionamentos não são profundos o suficiente para gerar engajamento.
Pessoas felizes produzem mais e melhor! Profissionais da área de RH vêm apontando que o clima organizacional é responsável direto pelo alcance dos objetivos da empresa, direcionando a alta gerência a se preocupar com pessoas e relacionamentos.
Como são as pessoas que constroem empresas e carreiras de sucesso, esse é o momento de se repensar, reavaliar e dar novos rumos à sua carreira!
Então, se você ainda não está seguro sobre quando é hora de mudar de emprego, conheça mais sobre Coaching e como ele pode lhe ajudar. Leia o artigo “4 motivos para buscar um coaching de carreira“!