Príncipe encantado! Encontrar um é o final feliz de todos os contos de princesas que existem por aí. Neste artigo, quero que você entenda o Príncipe Encantado não só como este herói das princesas, mas como uma metáfora dos heróis que esperamos que apareçam em nossas vidas e em nossas carreiras.

Seja no campo pessoal, seja no campo profissional, existem pessoas que vivem como as mocinhas dos contos de fadas, que podem adormecer, podem sofrer em mãos de madrastas malvadas, podem ficar presas em torres, que em um passe de mágica, vem um “príncipe encantado” e resolve seus problemas. Mas o mundo real é um pouco diferente.

As pessoas estão se acostumando terceirizar a responsabilidade por suas performances.

Vejam as situações e os perigos da espera do príncipe:

Em nossas carreiras

A começar pelos estudos, poucas são as pessoas que estão dispostas a trocar horas de sono por aprendizado, finais de semana por churrascos e shows por autodesenvolvimento. Preferem investir em prazeres de curto prazo e investirem o mesmo valor em novos conhecimentos que o diferenciam da média.

Ao entrar no mercado de trabalho, acontece um fenômeno muitas vezes não explicado para os profissionais iniciantes que é o da responsabilidade. Essa responsabilidade é fruto de um contrato de troca celebrado entre o empregador e o empregado, onde as horas de trabalho são trocadas por remunerações (justas ou não), assinado pelas duas partes.

O empregador sempre é visto como a madrasta malvada, que explora a princesa indefesa, sem que a mesma tenha condições de se salvar. Aí o empregado se torna refém da exploração, e dos benefícios também, chegando a dizer que não sai do emprego porque lá tem plano de saúde e “ticket” alimentação.
Imbuída do sentimento de injustiça, a pessoa não se capacita além da média, não produz além da média, não entrega além da média, sempre na expectativa que o suposto príncipe encantado virá para salva-la das garras do tirano opressor.Ao lado dessa pessoa, uma exceção dentro da empresa cumpre o que assinou, se capacita por conta própria, de destaca em ações e resultados e é taxado de puxa saco.

Em nossas vidas

É muito comum as pessoas esperarem que o príncipe encantado venha em um cavalo alado, forte, exuberante, disposto a nos tirar das armadilhas que os vilões fizeram para nos prender. Homens e mulheres esperam o relacionamento perfeito, sem ao menos dar a chance de conhecer outras pessoas de uma forma mais profunda (valores, crenças, propósito). Se não possui o tipo físico adequado, não tem um cargo de status, não possui bundas e tetas salientes é sapo, e não príncipe.

As pessoas buscam seus pares perfeitos aos olhos da sociedade e esquecem que olhar o que realmente importa. Esquecem de conhecer pessoas antes o primeiro beijo ou até mesmo da noite de sexo prazerosa, que, na maioria das vezes podem gerar mais frustrações e ressaca moral.

Inteligência-Emocional-Principal-Ferramenta-Liderança

Quero deixar uma mensagem: todos querem o príncipe, mas poucos querem beijar o sapo! E beijar o sapo é o esforço necessário de sair da zona de conforto, é quebrar paradigmas, e se arriscar ao novo. Beijar o sapo é estar disposto a pagar o preço de sair da média e se destacar no meio da multidão. É se mostrar disposto a fazer mais que o possível, e sim o necessário para alcançar o êxito.

Um conselho: Príncipe encantado de graça só em contos de fadas, na vida real, ele demanda esforço. Beije mais sapos e assim você se tornará o seu próprio “Príncipe Encantado”!

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