Inteligência Emocional é um termo bastante recorrente nos dias de hoje, seja no cotidiano das pessoas ou dentro das organizações. É uma habilidade fundamental para quem quer se destacar e obter sucesso em suas empreitadas, fazendo-se mais importante que o próprio QI (Quociente de Inteligência), que na década de 1990 era considerado critério de excelência de forma inquestionável.

Mas como tudo na vida muda, a Inteligência Emocional (IE ou QE, em sua abreviação) tomou espaço e hoje se faz mais importante para que uma pessoa consiga ser bem-sucedida. Mas não é uma tarefa fácil desenvolver esta habilidade. Hoje é comum ver pessoas altamente inteligentes se afundarem e detrimento de pessoas com um QI modesto de saírem bem, de forma surpreendente, em tudo o que fazem. O que determina isso é o conjunto de aptidões denominadas de Inteligência emocional.

 

“Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa – não é fácil”.

Aristóteles

 

Dentro da psicologia, o conceito de inteligência emocional caracteriza a pessoa que é capaz de identificar suas emoções e sentimentos. É a capacidade de reconhecer, entender, utilizar e gerenciar as emoções de maneira positiva. É saber como reconhecer e lidar com sentimentos e emoções, visando ao desenvolvimento pessoal e profissional.

A inteligência emocional é composta por quatro atributos essenciais e dentro de cada um deles irei deixar para você as dicas prometidas para que você desenvolva essa habilidade.

1 Autoconhecimento

É a capacidade de reconhecer as suas próprias emoções e entender a forma como elas afetam de forma direta e indireta seus pensamentos e comportamentos. É conhecer seus pontos fortes e seus pontos de melhoria e trabalhar no fortalecimento dos primeiros e na neutralização dos demais. É ser capaz de gerar para si mesmo a autoconfiança necessária.

Dica 1: Saiba quais são os gatilhos das suas emoções. O que provoca cada estado emocional que você venha a apresentar diante das mais diversas situações. O que te alegra, o que te entristece, o que te deixa nervoso, o que te provoca alívio são exemplos dos gatilhos que você precisa identificar.

Dica 2: Conheça seus valores. Ter a clareza daquilo que é, realmente, importante para você aumenta seu poder de autoconhecimento e capacidade de previsibilidade de suas reações frente aos fatos e às emoções por estes geradas.

Dica 3: Peça feedback às pessoas. Terceiros são capazes de te enxergar de uma forma que seus pontos cegos te impedem de se ver por completo. Pedir para que as pessoas avaliem suas atitudes, suas reações e estar aberto a essas opiniões te ajudarão a conhecer de forma mais assertiva o seu jeito de ser.

2 Autogestão ou Autocontrole

É a capacidade de controlar seus sentimentos e comportamentos impulsivos. Saber gerir suas emoções de maneira saudável. É ser capaz de tomar iniciativas e se adaptar às novas circunstâncias.

Dica 4: Espere o barro secar. Conte até dez ou cem se preciso for. Espere um pouco antes de agir ou reagir, pois isso eleva o nível das suas respostas. Essa atitude evita desgastes desnecessários que são decorrentes de reações ou ações intempestivas causadas por um momento de explosão.

Dica 5: Repouse sobre o problema. Nem sempre as coisas devem ser resolvidas na hora. Muitas vezes é preciso deixar uma decisão para a hora seguinte ou o dia seguinte, após um momento de reflexão ou uma noite de sono. Isso faz com que você seja capaz de organizar suas ideias e te permite um comportamento mais adequado.

Dica 6: Tudo muda o tempo todo. As mudanças estão presentes e são rotineiras. Não há bem que dure para sempre nem mal que nunca se acabe. Entender isso aumenta a sua resiliência. É mais fácil absorver e resistir aos impactos de um problema se você sabe que ele tem fim.

3 Consciência Social

É a capacidade de entender o outro em suas emoções, necessidades e preocupações. É ter a habilidade de se sentir confortável em ambientes sociais e reconhecer as dinâmicas de poder em um grupo ou organização.

Dica 7: Chame as pessoas pelo nome. O nome de uma pessoa é a melhor música que a mesma pode ouvir. Este hábito desarma o receptor, fazendo com que o mesmo baixe a guarda e, posteriormente, crie um vínculo entre vocês. Isso te ajuda a ter acesso de forma mais fácil às emoções alheias.

Dica 8: Elimine distrações ao interagir com outras pessoas. É preciso fixar a sua atenção na pessoa com quem você está interagindo, pois é impossível reconhecer a emoção do outro se você não é capaz de ouvi-lo.

Dica 9: Observe as pessoas. Entender e reconhecer como as pessoas falam, interagem, sorriem te proporciona as dicas mais valiosas sobre como se relacionar com cada pessoa, respeitando a sua individualidade e a individualidade do outro.

4 Gestão de Relacionamentos

É a capacidade de desenvolver e manter boas relações, ter clareza na comunicação, saber influenciar e inspirar as pessoas, saber trabalhar em equipe e gerenciar conflitos.

Dica 10: Tenha curiosidade em relação ao outro. É preciso demonstrar interesse em conhecer melhor uma pessoa. Essa capacidade faz com que seu poder de influência sobre a mesma aumente em todos os ambientes.

Dica 11: Ao tomar uma decisão, explique os motivos. A clareza na comunicação de suas decisões tomadas, revelando os reais motivos para tal, ajuda no caminho para que as pessoas possam te compreender e assim se tornarem aliados e não contestadores.

Dica 12: Utilize de expressões para a gestão de conflitos. Pedir desculpas é uma grande alternativa. Traga para si o motivo da discussão, com frases como: “eu fiz algo que te afetou”? Se a pessoa entende que você não coloca a culpa sobre ela, isso facilita a reconciliação.

 

Agora que você já leu as dicas, é colocar em prática o aprendizado. Muitos são os benefícios que você pode colher ao desenvolver a habilidade da inteligência emocional, como melhoria no desempenho profissional, melhoria da saúde física e mental, melhoria dos seus relacionamentos, e, até mesmo, melhoria de memória.

Se achar que é difícil trabalhar essa habilidade e esses comportamentos sozinhos, contar com um profissional preparado para essa jornada, como um coach, um psicólogo ou psicanalista é o melhor caminho.

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